A Espada na Pedra por T.H. White

agosto 25, 2013

Segundas, quartas e sexta eram dias de Beija-Mão e Summulae Logicales e, no resto da semana, Princípios da Investigação, Recapitulação e Astrologia.

EDITORA: Hamelin
ISBN: 9788581861128
ANO: 2013
PÁGINAS: 256

RESENHA: Depois de uma breve sumida e o novo layout instalado: Que tal uma resenha?

De uma série infanto-juvenil que inspirou grandes autores, A Espada na Pedra é o primeiro volume da  saga O Único e Eterno Rei escrita por T.H. White que acompanha o lendário Rei Arthur desde a infância até seus últimos dias.
– O amor é uma peça que as forças da evolução nos pregam. O prazer é a isca que nos jogam. Só existe o poder. O poder é da mente individual, mas o poder da mente não é o suficiente. O poder do corpo no final decide tudo, e só a Força é Certa.  
Arthur, conhecido e chamado por todos pelo apelido de Wart, foi criado sob a tutela de Sir Ector ao lado de Kay, o filho legítimo do nobre, para se tornar seu escudeiro. Uma obra de referência para grandes escritores de fantasia, o destino de Wart passa a ser trassado quando em uma de suas aventuras pela Floresta Sauvage, Wart acaba encontrando Merlin, um mago nascido no lado errado do tempo e vive de frente para trás, que sabendo sobre o futuro do jovem garoto acaba o adotando como seu aprendiz.

Recheado de trechos filosóficos, A Espada na Pedra é muito mais do que um pequeno e simples livro infantil. Ele encanta na forma como vamos aprendendo junto com nosso pequeno herói sobre valores, poder, sabedoria, guerra... T.H. White ao mesmo tempo que traz a fantasia e a pureza através dos elementos fantásticos, nos faz refletir.
– Se eu fosse feito cavaleiro – disse Wart, olhando sonhadoramente para o fogo –, insistiria em fazer minha vigília sozinho, como Hob faz com seus falcões, e pediria a Deus que me deixasse enfrentar todo o mal do mundo em minha própria pessoa, assim, se eu vencesse, nenhum mal restaria, e se perdesse, seria o único a sofrer.
– Seria extremamente pretensioso de sua parte – disse Merlin –, e seria vencido e sofreria por isso.  
Tenho apenas uma coisa para reclamar: as novas capas. Na minha opinião, as antigas retratavam muito melhor a história e seus cenários. Porém, a parte da diagramação é impecável. As páginas são aquelas amarelinhas com um cheiro gostoso, os detalhes vermelhos no número das páginas e a introdução de cada capítulo estão LINDOS! Tenho que reconhecer, apesar de não gostar da capa, é atualmente um dos livros mais bonitos na minha pequena estante. Não me canso de folhar suas páginas ao reler minhas partes favoritas.

Cada palavra vem acompanhada de delicadeza, mas não falta diversão. Merlin, a coruja Arquimedes e o Rei Pellinore me renderam algumas ótimas risadas. É uma história recomendada para todas as idades que deu origem a animação produzida pela Disney: A Espada Era a Lei.
– A melhor coisa a se fazer quando se está triste – respondeu Merlin, começando a fumar e soltar baforadas – é aprender alguma coisa. Essa é a única coisa que nunca falha. Você pode ficar velho e trêmulo em sua anatomia, pode passar a noite acordado escutando a desordem de suas veias, pode sentir saudades de seu único amor, pode ver o mundo ao seu redor ser devastado por lunáticos malvados ou saber que sua honra foi pisoteada no esgoto das mentes baixas. Só há uma coisa para isso: aprender. Aprender por que o mundo gira e o que o faz girar. Essa é a única coisa da qual a mente não pode jamais se cansar, nem se alienar, nem se torturar, nem temer ou descrer, e nunca sonhar em se arrepender. Aprender é o que lhe resta.

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