O Olho do Mundo por Robert Jordan

outubro 09, 2013

A Roda do Tempo gira, e Eras vêm e vão , deixando memórias que se transformam em lendas. As lendas desvanecem em mitos, e até o mito já está há muito esquecido quando a Era o viu nascer


EDITORA: Intrínseca
ISBN: 9788580573619
ANO: 2013
PÁGINAS: 800


RESENHA: O primeiro livro de uma série composta por 14 volumes, A Roda do Tempo (do título original The Eye of The World), foi originalmente publicado em 1990 e chega mais uma vez até nós através da Editora Intrínseca.

Como todo o bom romance épico, Robert Jordan construiu um mundo completo, mitologia, religiões e raças, se utilizando da constante luta entre a luz e as trevas, assim como os jogos pelo poder, onde não se pode confiar em ninguém.

Esta luta tem se dado desde o momento da criação. Os homens sempre pensam se tratar de uma guerra nova, mas é simplesmente a mesma guerra redescoberta.

Esse mundo é controlado pela Roda do Tempo que tece uma Grande Teia, entrelaçando os fios da vida e do destino de cada um. Na primeira dobra que compõe essa Teia estão os ta'veren, pessoas destinadas a grandes poderes, cujos fios do destino só podem ser mudados pelo próprio Padrão das Eras e todos os fios das outras pessoas são forçados a girar em torno deles.

O Poder Único é o que faz girar a Roda, ele provém da Fonte Verdadeira que impulsiona a Criação,  e possui dois lados oposto - saidar e saidin - que trabalham em conjunto, as pessoas capazes de tocar esse poder são denominados Aes Sedai. Saidar é parte feminina que pode ser usada com segurança pelas mulheres, mas  a parte masculina Saidin é maculada pelo toque do Tenebroso, a antítese do Criador, que através das Eras vem lutando contra a figura lendária do Dragão, um homem ta'veren capaz de tocar o saidin, mas que até agora acaba enlouquecendo e morrendo antes de conseguir derrotar a poderosa força das trevas e por isso reencarna de tempos em tempos, é uma figura que traz pavor as pessoas que frequentemente o relacionam com o Rompimento do Mundo.

A Teia ainda pode ser tecida de muitas maneiras, e alguns desses desenhos seriam desastrosos. Para vocês, para o mundo. 

Podemos dizer que o prólogo é um ponta pé de mestre do autor, onde é narrado o final da última batalha entre o Dragão, na figura do lendário Lews Therin - O Fratricida - e o Tenebroso, também conhecido pelo nome Shain'Tan.  Logo após esse evento, se passaram três mil anos para que a Roda começasse a tecer uma nova trama. Segundo as lendas, o Dragão Renascido viria na hora de maior necessidade da humanidade e ele seria capaz de salvar ou destruir o mundo.

Rand al'Thor, Mat Cauthon e Perrin Aybara são amigos desde a infância e vivem na pacata e longínqua região de Dois Rios que se preparava para o festival de Bel Tine, o início da primavera após o inverno mais rigoroso das últimas décadas, quando na noite da comemoração é atacada por Trolloc's. Para se livrarem dessas terríveis criaturas, que pensavam existir somente em lendas, eles contam com a ajuda de uma desconhecida visitante.

Moiraine é uma Aes Sedai e acredita que um dos garotos possa ser o Dragão Renascido.

O calor do suor. O calor do sangue. Somente a morte é fria.

Robert Jordan tem uma grande capacidade de domínio na narrativa, instigando você a ler cada vez mais e perder a noção do tempo, enfrentei o sono durante algumas madrugadas apenas para poder ler mais um capítulo ou um determinado número de folhas. Praguejei, esperneei, falei sozinha, gargalhei e ainda batia palmas como uma foca. Sim, isso não é nenhuma mentira, eu mergulhei e me deixei levar.

Eu amei esse livro! Ele tem de tudo: aventura, ação, fantasia, doses de comédia e até mesmo um pouquinho de romance. Os personagens, principais e secundários, são cativantes e o que poderia se tornar massante devido ao número extenso de páginas acabou se revelando uma incrível jornada. Sem um final que acaba abruptamente, Robert Jordan encerrou a história e deixou apenas fagulhas propositais para que os personagens continuassem o seu caminho, um longo caminho.

- A folha vive o tempo que lhe cabe, e não luta contra o vento que a leva embora. A folha não provoca dano algum, e finalmente cai para alimentar novas folhas. Assim, deveria ser com todos os homens. E mulheres.  

Sei que me estendi um pouco dessa vez, mas foram 800 páginas de um livro que nos introduz a um mundo novo e com mitologias novas, que em nenhum momento se tornou lento. Acreditem, o que escrevi aqui não representa um terço do que é a história.

O Olho do Mundo esta agora entre os meus livros favoritos e eu não vejo a hora de ter em minhas mãos a continuação. Sendo assim, não se assustem com o número de páginas, pois é uma leitura recomendadíssima para quem esta afim de uma grande jornada!

Nota: 5.0 de 5.0

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4 comentários

  1. Oi,
    Eu não sei nem o que dizer, sua resenha ficou ótima, detalhou vários pontos, o que foi uma maldade também né, porque me deu vontade de ler esse livro agora mesmo. AHSHAUAHAU Parabéns pelo o blog e pela resenha. Virei seguidor (=

    Lucas - Carpe Liber
    livrosecontos.blogspot.com

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    1. ashuahsuhuahsuhahsua... Obrigada Lucas, fico muito contente por você estar acompanhando o blog agora! Se você gosta de livros com fantasia épica não perca tempo, pois é realmente bom.

      Até mais!

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  2. Quero muuuuuito ler esse livro!!!! Quase comprava em inglês pouco antes de saber que a Intrínseca traria essa belezura pra nossas terras, até que O Olho do Mundo foi lançado e até agora: nem comprei. Meio que perdi as esperanças de lê-lo ainda este ano, mas do ano que vem ele não me escapa!
    Enfim, adorei. Fiquei com mais vontade de ler ainda! Bjos, Marina!

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    1. Eu estava correndo desesperada atrás de algum exemplar da Caladwin, quando a Intrínseca anunciou, fique tão empolgada que cheguei a comprar na pré-venda XD O devorei assim que chegou aqui em casa ahsuhausaus...

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